segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

O Apocalipse, A Profecia ou Revelação. Capítulo XVIII


 Capítulo XVIII


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 Capítulo XVIII

1 Depois destas coisas vi descer do céu outro anjo que tinha grande autoridade, e a terra foi iluminada com a sua glória.
2 E ele clamou com voz forte, dizendo: Caiu, caiu a grande Babilônia, e se tornou morada de demônios, e guarida de todo espírito imundo, e guarida de toda ave imunda e detestável.
3 Porque todas as nações têm bebido do vinho da ira da sua prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores da terra se enriqueceram com a abundância de suas delícias.
4 Ouvi outra voz do céu dizer: Sai dela, povo meu, para que não sejas participante dos sete pecados, e para que não incorras nas suas pragas.
5 Porque os seus pecados se acumularam até o céu, e Deus se lembrou das iniqüidades dela.
6 Tornai a dar-lhe como também ela vos tem dado, e retribuí-lhe em dobro conforme as suas obras; no cálice em que vos deu de beber dai-lhe a ela em dobro.
7 Quanto ela se glorificou, e em delícias esteve, tanto lhe dai de tormento e de pranto; pois que ela diz em seu coração: Estou assentada como rainha, e não sou viúva, e de modo algum verei o pranto.
8 Por isso, num mesmo dia virão as suas pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e será consumida no fogo; porque forte é o Senhor Deus que a julga.
9 E os reis da terra, que com ela se prostituíram e viveram em delícias, sobre ela chorarão e prantearão, quando virem a fumaça do seu incêndio;
10 e, estando de longe por medo do tormento dela, dirão: Ai! ai da grande cidade, Babilônia, a cidade forte! pois numa só hora veio o teu julgamento.
11 E sobre ela choram e lamentam os mercadores da terra; porque
ninguém compra mais as suas mercadorias:
12 mercadorias de ouro, de prata, de pedras preciosas, de pérolas, de linho fino, de púrpura, de seda e de escarlata; e toda espécie de madeira odorífera, e todo objeto de marfim, de madeira preciosíssima, de bronze, de ferro e de mármore;
13 e canela, especiarias, perfume, mirra e incenso; e vinho, azeite, flor de farinha e trigo; e gado, ovelhas, cavalos e carros; e escravos, e até almas de homens.
14 Também os frutos que a tua alma cobiçava foram-se de ti; e todas as coisas delicadas e suntuosas se foram de ti, e nunca mais se acharão.
15 Os mercadores destas coisas, que por ela se enriqueceram, ficarão de longe por medo do tormento dela, chorando e lamentando,
16 dizendo: Ai! ai da grande cidade, da que estava vestida de linho fino, de púrpura, de escarlata, e adornada com ouro, e pedras preciosas, e pérolas! porque numa só hora foram assoladas tantas riquezas.
17 E todo piloto, e todo o que navega para qualquer porto e todos os marinheiros, e todos os que trabalham no mar se puseram de longe;
18 e, contemplando a fumaça do incêndio dela, clamavam: Que cidade é semelhante a esta grande cidade?
19 E lançaram pó sobre as suas cabeças, e clamavam, chorando e lamentando, dizendo: Ai! ai da grande cidade, na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência! Porque numa só hora foi assolada.
20 Exulta sobre ela, ó céu, e vós, santos e apóstolos e profetas; porque Deus vindicou a vossa causa contra ela.
21 Um forte anjo levantou uma pedra, qual uma grande mó, e lançou-a no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia, a grande cidade, e nunca mais será achada.
22 E em ti não se ouvirá mais o som de harpistas, de músicos, de flautistas e de trombeteiros; e nenhum artífice de arte alguma se achará mais em ti; e em ti não mais se ouvirá ruído de mó;
23 e luz de candeia não mais brilhará em ti, e voz de noivo e de noiva não mais em ti se ouvirá; porque os teus mercadores eram os grandes da terra; porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias.
24 E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos os que foram mortos na terra.




1. “E DEPOIS destas coisas vi descer do céu outro anjo, que tinha
grande poder, e a terra foi iluminada com a sua glória”.


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“...depois destas coisas”. Nos capítulos 14 a 16, João se encontrava no céu, nesta visão, entretanto, ele está na terra e contempla com grande expectativa a queda da grande Babilônia expectativa a queda da grande Babilônia. A “Grande Babilônia” a ser julgada nesta secção determinado pelo clamor do elevado poder angelical, não se refere à antiga cidade que serviu como capital durante o reino babilônico (Dn 4.30), mas um “sistema” político-comercial que existirá durante o reinado cruel da Besta (13.17). A identidade comercial da Besta (mão direita) terá sua utilidade dentro deste confuso poder. Nos textos e contextos que focalizam a condenação da Grande Babilônia, o Espírito de Deus dá ênfase chamando-a: uma vez a grande prostituta (17.1), duas vezes a prostituta (15-16), uma vez a mãe das prostituições (v.5), e seis vezes, a mulher (vs. 3, 4, 6, 7, 9, 18). Literalmente falando, a cidade de Babilônia é citada cerca de 260 vezes na Bíblia, 27 vezes em uma só profecia (Jr capítulo 50 e 21). O profeta Isaías diz que a queda deste grande poder, terá lugar, no “dia do Senhor” (Is 13.13). O anjo anuncia este grande juízo sobre a imponente cidade, e, neste capítulo, o segundo anjo (v. 21) anuncia com grande poder a consumação do mesmo.



2. “E clamou fortemente com grande voz, dizendo: Caiu, caiu a grande
Babilônia, e se tornou morada de demônios, e coito de todo o espírito
imundo, e coito de toda a ave imunda e aborrecível”.


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 “...Caiu, caiu Babilônia”. Esta queda da grande Babilônia já tinha sido antecipada no capítulo 14.8, e conseqüentemente trará lamentações sobre a terra (v.10) e jubilo no céu (v.20). Zacarias foi um dos profetas do Antigo Testamento que prediz o retorno do novo babilonismo. “A significação figurada da passagem de Zacarias 5.5-11 pode ser expressa desta maneira: A “mulher” é interpretada como sendo a “impiedade” (v. 8). Ela tenta fugir da prisão, mas o anjo, mais forte que ela, joga-a de volta ao efa. Os verbos deixam entrever que houve luta; o poder do mal deve ser levado a sério. No presente texto e nos que se seguem, Babilônia é também subjugada pelo anjo do Senhor”. O sentido profundo deste sistema, como está declarado aqui, é importante como imediatamente o contexto mostra; é só notar a significação do nome quando empregado simbolicamente.

I  “Babilônia é a forma grega. No hebraico do Antigo Testamento a palavra é simplesmente Babel, cujo sentido é “confusão”. Neste sentido é empregado simbolicamente. Nos escritos dos profetas do Antigo Testamento, a palavra “Babilônia” quando não se refere à cidade, no sentido literal, é empregada relativamente ao estado de “confusão” em que tem caído a ordem social. Is 13.4 dá a visão, do ponto de vista divino da confusão que este poder gentílico, denominado de “Babilônia” ou “confusão” tem causado no mundo. Em Passagens de Isaías podemos notar a Babilônia política, literalmente, em seu apogeu e glória, no que diz respeito à cidade do rio Eufrates então existente, e figuradamente com referência aos tempos dos gentios durante a Grande Tribulação”.



3. “Porque todas as nações beberam do vinho da ira da sua
prostituição, e os reis da terra se prostituíram com ela; e os mercadores
da terra se enriqueceram com abundância de suas delícias”.


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 “...todas as nações beberam do vinho”. O que diz o presente texto é realmente o que aconteceu no antigo império babilônico: o orgulho e a devassidão foram a causa primordial da sua queda. Daniel nos informa que na noite da invasão Medo-Persa sobre a cidade de Babilônia, todos os grandes do império se encontravam embriagados e em extrema orgia (Dn capítulo 5). Ao perceberem o exército invasor nada puderam fazer em defesa de si. Eis aí uma das causas que contribuíram para que sua queda se desse “...num momento” (Jr 51.8). Na Babilônia comercial, descrita neste capítulo, as mesmas coisas do passado serão praticadas no que diz respeito à vida dissoluta: “prostituição”, “comércio desonesto”, ‘delícias”; mas sempre foram e serão atração vivida para o juízo de Deus.

I  Suas delícias. A palavra traduzida “delícia” (IBB) significa na realidade “luxúria”, ou “devassidão”. A (BLH) traduz este versículo da seguinte maneira: “...e os homens de negócios se enriquecerão à custa da sua corrupção”. Assim a palavra “luxúria” (do grego strenos), dá idéia de auto-indulgência e devassidão, usando do poder (como uma máquina controladora) de maneira arrogante e mal-intencionada.



4. “E ouvi outra voz do céu que dizia: Sai dela, povo meu, par que não
sejas participante dos seus pecados, e para que não incorras nas suas
pragas”.


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 “...outra voz”. O texto me foco, fala de “outra voz”. A voz ouvida nesta passagem não é a voz do “outro anjo” que se ouviu no versículo dois deste capítulo. Mas, evidentemente, é a poderosa “voz de Cristo” como eterno Salvador (cf. Is 48.20; Jr 51.6). O Dr. C. I. Scofiled declara o que segue: “Neste meio corrupto e duvidoso ainda há alguém que Deus pode chamar “povo meu”, e a estes vem da parte do Senhor a advertência solene: “Sai dela”. Durante todos os séculos esta advertência tem despertado os crentes sinceros, para não se corromperem com “associações duvidosas”. Podemos observar que o Apóstolo João descrevendo, baseado nas informações que lhe eram dadas nas sete visões, sobre a queda de Babilônia: Roma pagã (historicamente falando), bem como a queda do Anticristo (profeticamente falando): o que significará, final, a queda de todos os poderes terrenos e malignos, quando do segundo advento de Cristo.” Agora a voz do meigo Salvador convida seus “eleitos” a saíram apressadamente, antes de serem apanhados pela catástrofe iminente que cairá sobre este falso poder.



5. “Porque já os seus pecados e acumularam até ao céu, e Deus se
lembrou das iniqüidades dela”.


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 “...seus pecados se acumularam até ao céu’. Várias cidades do passado foram semelhantemente denunciadas da mesma maneira: “...a sua malícia subiu até mim” (Nínive). Jn 1.2; “...e tu, Capernaum, que te ergues até aos céus” (Capernaum). Mt 11.23. Nesta secção, porém, o pecado da grande Babilônia é visto “se acumulando até ao céu”. Isso significa que o pecado concebido, nasceu, cresceu e, estando na sua fase de amadurecimento, tem tocado nos céus. O profeta Jeremias segue um paralelismo semelhante a este, em seu livro (Jr 51.9).

I O julgamento de Babilônia atinge os céus, sendo elevado ao firmamento. O Dr. R. N. Champrin, Ph, D. , define essa forma de pecado que se eleva: “(a) O mau cheiro que sobe na terra, conforme já mencionado; (b) A idéia de adicionar novos pedaços de papiro ou pergaminhos a um rolo, até que se forme um volume imenso. Qualquer dessas idéias nos fornece um indício de como o pecado pode acumular-se, produzindo, necessariamente, o julgamento divino contra isso”.


6. “Tornai-lhe a dar como ela voz tem dado, e retribuí-lo em dobro
conforme as suas obras: no cálice em que vos deu de beber dai-lhe a ela
em dobro”.


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“...tornai-lhe a dar como ela vos tem dado”. Nos capítulos 17 a 18 do Apocalipse, Babilônia reaparece em sentido duplo em cada secção: a primeira é vista do ponto de visita político e religioso; enquanto que a segunda é contemplada do ponto de vista literal e comercial. Por 8 vezes neste capítulo se usa o pronome (“ela”) para designar uma cidade literal (vs. 6, 7, 9, 11, 20). “Babilônia” é o plural de “Babel”. Babel significa confusão. É provável que a sede do sistema religioso da meretriz seja Roma. A cidade de Jerusalém foi chamada “espiritualmente” de Sodoma e Egito (11.8), assim Roma pode ser “espiritualmente” Babilônia religiosa, pelo poder político do Anticristo em conjunto com os dez reis confederados; enquanto que a do texto em foco, que é a comercial e literal, pode supremo poder de Deus. No capítulo 17.3, Babilônia está “...assentada sobre uma besta”, enquanto que aqui (v.7), ela está “...assentada como rainha”. Ela agora sendo julgada pela sentença divina: “...retribuí-lhe em dobro”.





7. “Quanto ela se glorificou, e em delícias esteve, foi-lhe outro tanto
de tormento e pranto; porque diz em seu coração: Estou assentada como
rainha, e não sou viúva, e não verei o pranto”.


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“...não sou viúva”. A imponente cidade vista neste capítulo, se glória como
o “nécio no seu coração”. Ele diz: “Não há Deus” (Sl 14.1). Ela diz: “Não sou viúva”.
A cegueira física pode ser causada pela falta de vitamina (“A”) no organismo terrenos e malignos, quando do segundo advento de Cristo.” Agora a voz do meigo Salvador convida seus “eleitos” a saíram apressadamente, antes de serem apanhados pela catástrofe iminente que cairá sobre este falso poder.
. O Dr. Lang observa que até mesmo agora, tão insuspeitamente segura ela se sente, que não percebe os sinais dos tempos. Ela se sente “rainha” (esposa de um monarca). Em Isaías ela declara: “Eu serei senhora para sempre” (Is 47.7), e acrescenta: “Viúva não sou”. Uma viúva, no sentido lato, é alguém abandonada (cf. (s 47.7-9). Mas também não era mais do ponto divino de observação uma “noiva” ou “esposa”, mas apenas uma “poliandra”. O primeiro item deste versículo diz que ela se “glorificou”. O padrão cristão permite que gloriemos exclusivamente no Senhor, pois a autoglorificação é, na realidade, uma forma de idolatria própria.


8. “Portanto, num dia virão as pragas, a morte, e o pranto, e a fome; e
será queimada no fogo; porque é forte o Senhor Deus que a julga”.


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 “...num dia virão as suas pragas”. A sentença do passado sobre a Babilônia imperial será revivida aqui: a primeira se tornou em montões de ruínas, e, como sabemos, hoje essas ruínas estão expostas como admoestações. “As ruínas da antiga Babilônia, outrora chamada “a grande”, começam a seis quilômetros e meio acima da aldeia de Hillah, e estendem-se a cinco quilômetros e meio para noroeste. A os três montões principais, os árabes dão o nome de Babil Kasr e Amram; estão no oriente do rio, e, em uma secção da antiga cidade, que num período remoto tinha a forma triangular, limitada pelo rio e por muros”.

I  A queda da Babilônia espiritual (Roma) é certa por causa do poder de Deus; é o Senhor quem castiga. (“...minha é a vingança; ou recompensarei, diz o Senhor”). Ele é o verdadeiro soberano e não ela. Deus é quem julga. Ele é o verdadeiro objeto de adoração e não o Anticristo. Deus é o Todo-poderoso. Agora neste juízo presente, ela será “queimada no fogo”, e assim se transformará em “um monte de incêndio” (cf. Jr 51.25).



9. “E os reis da terra, que se prostituíram com ela, e viveram em
delícias, a chorarão, e sobre ela prantearão, quando virem o fumo do seu
incêndio”.


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 “...a chorarão”. A começar por este versículo, temos a segunda secção natural do capítulo que é o lamento das nações por causa da queda de Babilônia. “Mas, porque essas pessoas estão tristes? A tristeza na verdade não é por Roma; trata-se de puro egoísmo de sua parte. Os reis da terra lamentam apenas que seu parceiro de prostituição tenha desaparecido...”.

I Observemos três grupos de magnatas lamentando sua perda na queda deste sistema: incluindo a cidade e o sistema (a) os “reis da terra”. Versículos 9 e 10; (b) Os “mercadores”. Versículo 11 e ss; (c) os “capitães e marinheiros”. Versículos 17 a 19. Mas, finalmente os “Céus”, os santos Apóstolos e profetas; a Igreja, incluindo os mártires, sem qualquer dúvida, se regozijarão sobre sua queda, portanto a Justiça terá sido feita. A descrição que se segue na passagem de Ez 26. a 28 é paralela a que está em foco: os reis (26.15-18), os negociantes (27.36), os marinheiros (27.29- 36) se lamentam ante a queda de Tiro. As Escrituras são proféticas e se combinam entre si, em cada detalhe. 



10. “Estando de longe pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai! ai
daquela grande Babilônia, aquela forte cidade! pois numa hora veio o seu
juízo”.


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“...numa hora veio o seu juízo”. A primeira proclamação sobre Babilônia feita pelo anjo: “Caiu, caiu a grande Babilônia”, é abonada pelos tempos aoristos no grego hodierno (epesen, epesen, “caiu, caiu”) representam a ação como completa. A queda da Babilônia da Caldéia foi vaticinada 51 vezes só numa profecia! (Jr capítulo 50 a 51), e, segundo este vaticínio, houve um grande pranto aqueles que tiraram proveito de tudo que era seu (Is capítulo 47; j 51.8). Aqui o quadro é o mesmo: os reis da terra se porão de longe “...pelo temor do seu tormento, dizendo: Ai! ai daquela grande Babilônia”.

I Estando de longe: porque? Literalmente falando, se houvesse um incêndio de grande proporções em Roma (a sede da grande Babilônia espiritual), da costa do mar Mediterrâneo, daria para se ver o fumegar da cidade. Acreditamos que o versículo desta secção, tenha, em sentido literal, este sentido. O grito de tristeza descrito, resulta do temor mesclado com egoísmo; os lamentadores se lembram, com desprazer, de mistura com o terror da vida voluptuosa, dos lucros imediatos e grandes, mas agora, tudo ruína!.



11. “E sobre ela choram e lamentam os mercadores da terra; porque
ninguém mais compra as suas mercadorias!”.


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 “...os mercadores da terra”. O presente versículo, nos faz lembrar o profeta Ezequiel, quando vaticinou por expressa ordem de Deus, a queda de Tiro (Ez 28.12 e ss). O profeta, inspirado por Deus, descreve nesta grande profecia tanto a queda da cidade, como, de um modo particular, a queda de seu monarca: “espiritualmente falando). Satanás e literalmente, o rei Itobal II. G. R. B. Murray diz que o príncipe de Tiro (Itobal II) é invocado aqui como representante da cidade, e que nos versículos 25-27 do capítulo 27, é retratada a imagem central da profecia; Aí, o “ótimo navio que é Tiro naufragou e toda a sua tripulação perece”. A profecia fala também do “vento oriental” (cf. Sl 48.7; Ez 27.26); mas talvez seja uma alusão à Babilônia. Os versículos 29 a 43 descrevem a lamentação dos marinheiros em vista da perda de Tiro. Nesta secção, do Apocalipse, aparecem novamente ‘...os mercadores da terra” lamentando incessantemente a queda “da grande Babilônia”.




12. “Mercadorias de ouro, e de prata, e de pedras preciosas, e de pérolas, e de linho fino, e de púrpura, e de sede, de escarlata; e toa a madeira odorífera, e todo o vaso de madeira preciosíssima, de bronze e de ferro, e de mármore”.


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 “...ouro, e de prata, e de pedras’. Um fato curioso deve ser observado nos versículos (12 e 13); cerca de 28 mercadorias de luxo são aqui, enumeradas, e que 23 são substâncias inanimadas, que começa com “ouro” e termina com “trigo”; a seguir, vêm “cavalgadura, e ovelha... e cavalos”; depois vêm novamente objetos inanimados (carros), e finalmente a lista termina com “corpos... e almas de
homens”.

I O Dr. Dr. Lockyer, Sr comenta o que segue: “A classificação em sete partes dos artigos comerciados neste armazém do mundo pode ser categorizada assim: (a) Coisas de valor e ornamentação: ouro, prata, pedras preciosas e pérolas; (b) Vestimentas caras: linho fino, púrpura, sede e escarlata; (c) Mobília suntuosa; vasos manufaturados de madeira preciosa, marfim e metais. Talvez a madeira odorífera seja a árvore cheirosa de Cirene, usada para incenso; (d) Perfume caros; canela, incenso e óleo; (e) Vida abundante: vinho, azeite, farinha, trigo, animais, ovelhas; (f) Desfiles triunfais: cavalos e carros; (g) Tráfico infamante: escravos, corpos e almas de homens”.



13. “E cinamomo, e amomo, e perfume, e mirra, e incenso, e vinho, e
azeite, e flor de farinha, e trigo, e cavalgaduras e ovelhas; e mercadorias
de cavalos, e de carros, e de corpos e de almas de homens”.


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“...corpos e de almas de homens”. A grande lista de mercadorias continua nesta secção trazidas pelos mercadores à cidade, depois de cavalos e carros, e numa progressão habilmente ascendente, chega-se a Sôma kai psyché anthopôn, que traduzido classicamente exprime por “corpos e almas dos homens”, que outros traduzam: “escravos e cativos”. A Babel do passado, também tinha o mesmo alvo: Ninrode, o poderoso caçador, foi seu primeiro rei. Deste monarca está dito na poesia: “Ninrode, poderoso caçador de alma em oposição à face do Senhor” (Gn 10.9). A grande Babel (Babilônia) escatológica, terá em poderoso “caçador de almas em oposição a Deus”. Será ele, sem dúvida, a figura sombria do Anticristo. Ele controlará com seu poder e habilidade, o mundo político e comercial. O autor sagrado frisa esse mal, declarando mais elaboradamente o seu modo de ser.



14. “E o fruto do desejo da tua alma foi-se de ti; e todas as coisas
gostosas e excelentes se foram de ti, e não mais as acharás”.


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I. “...não mais as acharás”. A grande Babilônia (Roma) buscou fervidamente uma colheita para a vida física. Olvidou a colheita piedosa da alma. Há uma colheita boa e outra má beneficente e outra deprimente. Ela teve a má sorte de escolher a última e, por isso, “o desejo da... alma foi-se...”. Ela ouvirá o “...não mais” do Senhor e do expectadores! Uma boa tradução para o grego e depois vertido para o significado do pensamento, que é muito enfático; onde aparecer o “...jamais” (v.21), poderíamos traduzir o negativo absoluto; “...nunca, nunca, sob condição alguma...”. O Apóstolo João visualizou tanta a súbita quanto a total destruição da cidade e do sistema. Profeticamente falando, na pessoa do Anticristo e sua federação de dez reinos, isso terá lugar, quando da “parousia” (segundo advento) de Cristo para reinar neste mundo com poder e glória.



15. “Os mercadores destas coisas, que com elas se enriqueceram,
estarão de longe, pelo temor do seu tormento, chorando e lamentando”. 


 

 “...estarão de longe”. Sempre quem segue de “longe” está possuído de “medo”. O apóstolo Pedro, seguidor de Cristo, na noite em que Jesus fora preso, pelo temor de ser preso e morto, seguia-o “de longe” (Mt 26.58). O “medo” realmente faz fugir. Juntando-se as lamentações dos monarcas, mercadores e músicos, temos uma visão do terror do juízo da Babilônia. Os “ais” duplos dos: reis, mercadores e marinheiros se combinam entre si em cada detalhe; “...numa hora veio o seu juízo” (reis); “...numa hora foram assoladas tantas riquezas” (mercadores); “...numa hora foi assolada” (marinheiros); mas todos “de longe” (vs 10, 16, 19). O castigo sobre Babilônia, além de choro e lamento causou também medo. Por isso os reis da terra, os mercadores e quantos labutam no mar conservam-se de longe, a fim de que não fossem apanhados no vértice destruidor. Porquanto, a grande cidade seria deixada a sofrer sozinha. Nenhuma amiga sairia em seu socorro, porquanto a mão julgadora do Senhor caíra inexoravelmente sobre ela.

16. “E dizendo: Ai, ai daquela grande cidade! que estava vestida de
linho fino, de púrpura, de escarlata; e adornada com ouro e pedras
preciosas e pérolas! Numa hora foram assoladas tantas riquezas”.


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“...vestida de linho, etc”. No capítulo 17.4 deste livro, observamos que a “mulher” é que está vestida assim. O Dr. W. G. Moorehead observa esta particularidade tanto na “mulher” vista no capítulo anterior como na “grande cidade”, descrita aqui; em ambos os casos, uma e outra são contempladas como estando “vestidas” e “adornadas”. A “mulher’ e a “cidade” são vistas pouco antes de sua condenação. Ela está trajando púrpura e muito bem adornada com ouro e pedras preciosas, demonstrando-se grandemente atraente em sua aparência falsa. Por diversas vezes encontramos neste capítulo expressões similares, como “grande cidade”, etc. Tal sistema é chamado de “grande Babilônia” para diferencia-lo da Babilônia de Nabucodonosor, conhecida como “Babilônia, a Grande”.

I  A descrição é de Roma (Babilônia). “Babilônia”, a grande, em Ap 17.5; “aquela grande cidade”, em Ap 17.18; “aquela poderosa cidade”, em Ap 18.10. Está em foco, é evidente, a cidade de Roma, que no passado foi capital do então conhecido império romano, mas esse grande sistema denominado “grande Babilônia” está incluído nela.

17. “E todo ò piloto, e todo o que navega em naus, e todo o
marinheiro, e todos os que negociam no mar se puseram de longe”.


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“...todo o que navega em naus”. Essa passagem reflete a importância da grande cidade, sobretudo no campo do comércio do levante. Plínio fala disso em sua História Natural. “Os negociantes e reis têm seus lamentos agora adicionados pelos lamentos dos homens do mar, aqueles cujas riquezas estavam vinculadas aos navios e ao comércio marítimo. Eles também se postarão “de longe”, o que agora é dito pela terceira vez (vs. 10, 15, 17)”. A lamentação do presente texto pode ter também um sentido literal. A cidade em referência, aqui, é Roma. “O Tevere não é, praticamente, negável. Os portos mais próximos de Roma estã18. “E, vendo o fumo do seu incêndio, clamaram, dizendo: Que cidade é semelhante a esta grande cidade?”.

 “...que cidade é semelhante a esta?”. Das 9 perguntas que este livro contém, esta é a mais angustiosa (5.2; 10, 17; 7.13; 13.4; 15.4; 17.7; 18.18). Depois da segunda grande guerra mundial (1939-1945). Já houve uma “lamentação” semelhante a esta, como bem descreve Hough: “O tesouro transitório: os homens contemplam os montes de Berlim; e pensam em todo o pomposo esplendor daquela cidade, viam as evidências perceptíveis da qualidade transitória do material dos tesouros humanos. Não apenas linho fino, púrpura e escarlata, mas tudo quanto essas coisas significam no terreno da magnificência visível pertencendo a uma riqueza que, após difícil obtenção, pode prontamente ser destruída”. A pergunta feita pelos grandes da terra sobre Babilônia: quem é semelhante pode-se comparar com uma jactância similar acerca da Besta que subiu do mar, em Ap 13.4: “Quem é semelhante à Besta? quem poderá batalhar contra ela?”. Mas, a despeito de parecer incomparável, tal como a grande Babilônia, cairá num só dia.



19. “E lançaram pó sobre as suas cabeças, e clamaram, chorando, e lamentando, e dizendo: Ai, ai daquela grande cidade! na qual todos os que tinham naus no mar se enriqueceram em razão da sua opulência; porque numa hora foi assolada”.



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“...e clamaram, chorando”. Os poderosos da terra choram e lamentam pela grande perda daquilo que era precioso aos seus olhos – olhos do pecado. A grande cidade, além do poderio político e religioso, se assentava como “rainha” no epicentro de “sua opulência”. Isso demonstram seus “grandes tesouros”. Mas seus tesouros eram todos terrenos e transitórios, pelo que, finalmente falharam (Mt 6.19; 2Co 4.18). No presente texto, vemos os homens lamentando as coisas erradas, mas também buscando as coisas erradas. As coisas terrenas têm o seu “uma hora” de julgamento, que pode pôr fim a seu breve período de existência. O versículo em foco também nos mostra uma estranha manifestação: pó sobre as cabeças, não pólo próprio pecado, buscando arrependimento, mas por causa da cidade na qual se enriqueceram; e repisam o estribilho: “...porque numa hora”. Tristeza na terra! Alegria no céu! Tudo termina acaba!



20. “Alegra-te sobre ela, ó céu, e vós santos apóstolos e profetas;
porque já Deus julgou a vossa causa quanto a ela”.


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 “...apóstolos e profetas”. Nesta secção temos os “...santos Apóstolos e Profetas” de toda a História da Igreja Universal. O primeiro regozijo é feito pelos Apóstolos, em razão de serem estes os “cabeças” e “pais” da Igreja na presente dispensação da Graça (cf. Ef 2.20; 4.11); a seguir vêm os profetas; podemos deduzir que se refere tanto aos profetas do Antigo como do Novo Testamentos. Eles são os representantes aqui na terra, tanto da lei como das profecias. O pensamento de João, nesta passagem, é também interpretado por Carpenter, da seguinte forma: “João expõe aqui a confirmação moral da justiça da queda de Babilônia (Roma escatológica). A moralidade universal será satisfeita. Todos os homens sãoo no Mediterrâneo, olhando para a Córsega ambas não internacionais: Civitavecchia, a 90 quilômetros, e Ostia, apenas a 24. Se mostram, talvez se veja a fumaceira da cidade”.

reputados moralmente responsáveis pelo que fazem e pelo que são. Assim fazem todos os santos, na terra ou nos céus regozijando-se quando qualquer gigante da maldade é derrubado”.

21. “E um forte anjo levantou uma pedra como uma grande mó, e
lançou-se no mar, dizendo: Com igual ímpeto será lançada Babilônia,
aquela grande cidade, e não será jamais achada”.


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 “...levantou uma pedra como uma grande mó”. O anjo forte, com seu ato de arrojar a grande pedra, mostrou que Babilônia (Roma) haveria de cair violentamente, em súbita destruição. A pedra de moinho (em grego, millos onikos) aqui em foco, provavelmente deve ser aquela que somente os animais podiam fazer girar (Mc 9.42). Não era pedra pequena, que as mulheres faziam girar, para trabalhos leves (cf. Mt 24.41). Por ser bastante grande, e conseqüentemente, pesada, afundará rapidamente. Isso significa a repentina queda de Babilônia. Tudo isso nos faz lembrar da velha cidade do rio Eufrates, quando Deus ordenou ao profeta Jeremias que atasse o livro encerrava as profecias sobre “Babilônia”, e o atasse sobre uma grande pedra, e a lançasse no rio Eufrates dizendo: “Assim será afundada babilônia, e não se levantará...” (Jr 51.62-63). A Babilônia escatológica será afundada no inferno, e lá ficará por toda eternidade. Lembremos: todos os fatos e acontecimentos narrados neste capítulo dar-se-ão no fim da presente era, perto do dia do Senhor. É profecia!

22. “E em ti não se ouvirá mais a voz de harpistas, e de músicos, e de
frauteiros e de trombeteiros, e nenhum artífice de arte alguma se achará
mais em ti; e ruído de mó em ti se não ouvirá mais”.


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“...frauteiros”. Devemos ter em mente que este é o único item novo nesta secção. O Dr. R. N. Champrin, observa que esta expressão, só ocorre aqui e em Mt9.23, em todo o Novo Testamento. Os tocadores de flautas tinham posições privilegiadas na sociedade, especialmente no que tange ao entretenimento nos banquetes, festas e orgias, festividades religiosas e funerais. O silêncio dos moinhos na simbologia profética era sinal de desolação. O profeta Jeremias, descreve isso muito bem em seu livro: “Farei perecer entre eles a voz de folguedo, e a voz de alegria, a voz do esposo, e a voz da esposa, o som das mós...” (Jr 25.10). Isso tem tido seu cumprimento no passado, cumprir-se-á também no futuro: Tudo emudecerá. Porque nela (Babilônia) se achou o sangue de profetas, de santos e de todos os que foram mortos sobre a terra. por isso a sentença divina conclama: “Como Babilônia fez cair transpassados os de Israel assim em Babilônia (a futura) cairão traspassados os de toda a terra” (Jr 51.49).

23. “E luz de candeia não mais luzirá em ti, e voz de esposo e de esposa não mais em ti se ouvirá; porque os teus mercadores eram os grandes da terra; porque todas as nações foram enganadas pelas tuas feitiçarias”. 


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I. “...pelas tuas feitiçarias”. Os versículos (2 e 23) deste capítulo, nos

mostram a grande personificação de um dos poderes do mal dentro deste “sistema” denominado “grande Babilônia”. Cremos que o espiritismo em todas as suas formas de expressão é um dos avanços das forças do mal deste misterioso poder. A palavra “feitiçaria” no grego é “pharmakeia”, inclui, em sentido geral, também toda “magia”. Ambas fazem parte da lista de vícios, em Gl 5.20. São obras da carne, e como tais serão queimadas pelo juízo do fogo de Deus. Atualmente todos sabem que o ocultismo está em franca ascendência, pois as pessoas de vidas vazias, sem Deus, andam insatisfeitas com a religião que professam, destituída de autêntico poder espiritual. Esse levantamento do ocultismo continuará aumentando, até atingir proporções sinistras. Mas chegará o dia, quando Deus findará com todo e qualquer poder falso; em que os homens serão transformados segundo a imagem de Cristo.



24. “E nela se achou o sangue dos profetas, e dos santos, e de todos
os que foram mortos na terra”.


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“...se achou o sangue”. Segundo os Anais da História, nenhuma outra cidade no mundo derramou mais sangue de seres humanos do que a Roma Imperial. Agora porém, o sangue derramado violentamente clama desde a terra até que seja aplacado pelo castigo dos assassinos. “Deus puniu a Caim quando este derramou sem causa sangue de seu irmão (Gn 4.10-16; Mt 23.33). A vingança de Deus, embora terrível, será absolutamente necessária, neste mundo em que vivemos. Não se pode permitir que o mal tenha curso, que fique sem castigo...”. Segundo o profetas Isaías, a grande babilônia cairia “no dia do Senhor” (Is 13.13). Certamente há alusão a acontecimentos que seguirão a batalha do Armagedom, os quais farão parte dos estágios finais daquele grande evento. Babilônia é denominada de “A Grande”, mas chegará o seu dia em que sua glória terá fim, julgada por aquele que é maior do que todos! 

domingo, 29 de janeiro de 2012

O Apocalipse, A Profecia ou Revelação.


Apocalipse Capítulo XVII


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Capítulo XVII


1 Veio um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo, dizendo: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que está assentada sobre muitas águas;

2 com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam sobre a terra se embriagaram com o vinho da sua prostituição.

3 Então ele me levou em espírito a um deserto; e vi uma mulher montada numa besta cor de escarlata, que estava cheia de nomes de blasfêmia, e que tinha sete cabeças e dez chifres.

4 A mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada de ouro, pedras preciosas e pérolas; e tinha na mão um cálice de ouro, cheio das abominações, e da imundícia da prostituição;

5 e na sua fronte estava escrito um nome simbólico: A grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra.

6 E vi que a mulher estava embriagada com o sangue dos santos e com o sangue dos mártires de Jesus. Quando a vi, maravilhei-me com grande admiração.

7 Ao que o anjo me disse: Por que te admiraste? Eu te direi o mistério da mulher, e da besta que a leva, a qual tem sete cabeças e dez chifres.

8 A besta que viste era e já não é; todavia está para subir do abismo, e vai-se para a perdição; e os que habitam sobre a terra e cujos nomes não estão escritos no livro da vida desde a fundação do mundo se admirarão, quando virem a besta que era e já não é, e que tornará a vir.

9 Aqui está a mente que tem sabedoria. As sete cabeças são sete montes, sobre os quais a mulher está assentada;

10 são também sete reis: cinco já caíram; um existe; e o outro ainda não é vindo; e quando vier, deve permanecer pouco tempo.

11 A besta que era e já não é, é também o oitavo rei, e é dos sete, e vai-se para a perdição.

12 Os dez chifres que viste são dez reis, os quais ainda não receberam o reino, mas receberão autoridade, como reis, por uma hora, juntamente com a besta.

13 Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e autoridade à besta.

14 Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá, porque é o Senhor dos senhores e o rei dos reis; vencerão também os que estão com ele, os chamados, e eleitos, e fiéis.

15 Disse-me ainda: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, multidões, nações e línguas.

16 E os dez chifres que viste, e a besta, estes odiarão a prostituta e a tornarão desolada e nua, e comerão as suas carnes, e a queimarão no fogo.

17 Porque Deus lhes pôs nos corações o executarem o intento dele, chegarem a um acordo, e entregarem à besta o seu reino, até que se cumpram as palavras de Deus.

18 E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da terra.



1. “E VI um dos sete anjos que tinham as sete taças, e falou comigo,
dizendo-me: Vem, mostrar-te-ei a condenação da grande prostituta que
está assentada sobre muitas águas”.
 
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“...grande prostituta”. Nos capítulos 17 e 18 deste livro, nas sete visões da condenação da “grande Babilônia”, são vistos dois “sistemas” se combinando entre SI: Babilônia (política e religiosa) e (literal e comercial). A primeira sendo descrita no capítulo 17 e a segunda, no capítulo 18. As predições bíblicas têm cumprimento a curto ou a longo prazo. Portanto, nos “últimos dias”, que são dias da ira tanto humana como divina, veremos o “aparecimento” tanto de um império político: a federação dos dez reis escatológicos, pelo Anticristo (v.13), tendo como sede a cidade de Roma, como também veremos o “aparecimento” de “um falso culto” dedicado à Besta, o homem do pecado. Também veremos ainda, a condenação duma grande prostituta denominada “a grande Babilônia” envolvida em “mistérios”. A Babilônia, a grande, cerca de 713, (a. C.). O profeta Naum chamou-a de “graciosa meretriz” (Na 3.4). De modo bem similar, e por razoes idênticas um outro profeta aplica o mesmo epítero vergonhoso a cidade de Tiro, predizendo sua ruína (Is 23.15). Profeticamente falando, este “sistema misterioso” desta secção, representa o novo paganismo do tempo do Anticristo, e especialmente, o culto dele e suas formas de expressões.



2. “Com a qual se prostituíram os reis da terra; e os que habitam na
terra se embebedaram com o vinho da sua prostituição”.

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 “...se prostituíram os reis da terra”. Os reis do tempo do antigo império
romano tentaram de todas as formas influenciar, para seu benefício, no seu
comércio, tudo que era de seus cidadãos. Profeticamente falando, isso se fará, em grau supremo, nos dias sombrios do Anticristo, os “reis” farão também que os súditos da Besta, aceitam não só este “sistema” de tributos sobre si, mas de um modo especial o seu próprio “culto”, a ele dedicado. “Assim como Nínive e Tiro desviaram outros povos, forçando-os com a idolatria vigente naqueles dias, agora será Roma, a meretriz do Mediterrâneo, que seduzirá os “reis”, juntamente com os aliados da Besta, fazendo-os beber do vinho de sua fornicação (14.8). Isto é, ela os seduzirá à adoração idolátrica de si mesma e seu consorte, a Besta”.

3. “E levou-me em espírito a um deserto, e vi uma mulher assentada
sobre uma besta de cor de escarlata, que estava cheia de nomes de
blasfêmia, e tinha sete cabeças e dez chifres”

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 “...uma mulher assentada”. A mulher e a Besta nesta secção simbolizam dois poderes: o religioso e o político. O fato de ela está “assentada sobre a Besta” indica que a grande prostituta e domina as nações religiosamente, assim como a Besta sobre a qual cavalga faz politicamente. Isso também revela sua influência e, ao menos aparentemente, parece controlar e até dirigir a Besta. por sua vez a mulher é sustentada pela Besta. O presente texto nos mostra o primeiro poder (religioso) à cavalgar sobre o segundo (político).

I A mulher e a Besta são significativas especialmente em suas vestes e em seu poder, mas habitam no deserto. Isso indica claramente suas naturezas demoníacas (Lc 11.24). Ela é realmente vista onde deve ser vista: num lugar desolado, faminto, sedento apropriada para uma meretriz horrenda. A esse lugar o anjo levou o profeta. Há ainda neste versículo um fato curioso que chamou a atenção de João: a Besta estava coberta de nomes de blasfêmia. Isso indica que o sistema predominante da Besta é totalmente corrupto.

4. “E a mulher estava vestida de púrpura e de escarlata, e adornada
com ouro, e pedras preciosas e pérolas; e tinham na sua mão um cálice de
ouro das abominações e da imundícia da sua prostituição”.

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 “...a mulher estava vestida”. Em muitos texto do Apocalipse, emprega-se termos como “adultério”, “prostituição”, “meretriz”, para simbolizar o afastamento dos povos da comunhão espiritual. Quando a palavra “mulher” é usada simbolicamente nas Escrituras, dependendo do contexto, significa religião. Uma mulher pura, como uma “noiva” ou a Esposa”, designa uma “religião pura e imaculada”, como a verdadeira Igreja de Cristo (19.7 e 21.9). Portanto, quando o Apóstolo João emprega o termo “meretriz” na descrição de suas visões, sem dúvida alguma está se referindo a um sistema religioso que havia prostituído sua própria existência com algo que é totalmente contrário aos propósitos da Igreja do Senhor. Nos tempos dos monarcas babilônicos os súditos do imponente poder da grande Babilônia, consideram-na como se fora “rainha” (Jr 51.7). O “cálice de ouro” em sua mão demonstra o seu desejo de implantar no mundo uma falsa “comunhão”, e sua doutrina afermentada (ela embriaga). Mas um dia ela ouvirá a voz poderosa de Deus a lhe dizer: “peso do deserto do mar...caída é Babilônia, caída é!” (Is 21.1, 9).

5. “E na sua testa estava escrito o nome: MISTÉRIO, a grande
Babilônia, a mãe das prostituições e abominações da terra”.

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“...Mistério: a grande Babilônia”. A cidade denominada de Babilônia é citada sete vezes no Apocalipse, nas seguintes passagens (14.8; 16.19; 17.5; 18.2, 10, 21). Alguns teólogos opinam que, nos dias do reinado do Anticristo, será reconstruída a antiga cidade e torre de Babel, que posteriormente se tornará a grande Babilônia. Mas se consideramos a sentença divina predita pelo profeta Isaías (13.20), ela jamais será reedificada: “E Babilônia, o ornamento dos reinos, a glória e a soberba dos calceus será como Sodoma e Gomorra, quando Deus as transtornou. Nunca mais será habitada, nem reedificada de geração em geração: nem tão pouco os pastores ali farão deitar os seus rebanhos. Mas as feras do deserto repousarão ali...”.

I No que diz respeito a reconstrução da torre de Babel as Escrituras guardam silêncio. Há, em nossos dias, projeto para a “reconstrução” da torre de Babel; declara um boletim do serviço noticiário religioso do Iraque, 1980: “A reconstrução da torre de Babel mencionada na Bíblia (Gn 11.1-11) está sendo estudada por uma equipe de acadêmicos da Universidade de Kioto, Japão. Um porta-voz da equipe anunciou que o governo iraquiano solicitou auxilio de técnicos japoneses no sentido de criar uma “cidade-museu” no local da antiga cidade da Babilônia, para servir de atração turística na região do Eufrates, a cerca de 88 quilômetros ao sul de Bagdá”.

6. “E vi que a mulher estava embriagada do sangue dos santos, e do
sangue das testemunhas de Jesus. E, vendo-a eu, maravilhei-me com
grande admiração”.

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 “...a mulher estava embriagada”. Sabemos pela história que Ninrode “o poderoso de almas em oposição a face do Senhor” foi o primeiro imperador. Fundou o primeiro governo e além de ser caçador, “começou a ser poderoso na terra”. A esposa deste monarca era Semíramis, figura bastante conhecida na história secular, uma prostituta. “Quando Ninrode foi assassinado, ela assumiu a posição de imperatriz do governo. Para manter-se no poder...ela criou um mito ao redor da figura de seu falecido marido, Ninrode, atribuindo-lhe o nome de Zoroastrita, que quer dizer “A semente da mulher”. A partir deste princípio, tudo que está ligado direto ou indiretamente com a cidade de Babilônia, é sempre representada por uma figura feminina.

I  Nos dias do Anticristo, esse grande poder “político-religioso” estará ainda mais reforçado, e acrescentará a todas as suas maldades anteriores (cf. lc 3.20). Ela é a única responsável (direta ou indiretamente) pelo sangue derramado das testemunhas do Senhor, em qualquer tempo e em qualquer lugar. Eis a razão de ela agora se encontrar embriagada. As testemunhas a que João aludi, originalmente eram os cristãos que sofreram no primeiro século da Igreja cristã. Profeticamente falando, isso aponta para os cristãos que sofrerão sob o Anticristo: Eles são os “santos” do Apocalipse. (C. 8.3, 4; 11.18; 13.7; 14.12; 15.3; 16.6;17.6; 18.24; 19.8; 20.9), etc.

7. “E o anjo me disse: Por que te admira? Eu te direi o mistério da
mulher, e da besta que a traz, a qual tem sete cabeças e dez chifres”. 
 
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I“...Por que te admira?”. Já tivemos ocasião de mencionar Babilônia como sendo um novo “sistema” à se levantar nos últimos dias. A cidade de Babilônia nasceu quando Ninrode (cujo nome significa “nós nos revoltaremos” ou “rebelde”), edificou a cidade na Planície de Sinear, com o objetivo de construir seu império (Gn 10.8-10). Assim Babilônia se tornou a primeira potência mundial.
I  Sete cabeças e dez chifres. Nos versículos 9 e 12 deste capítulo, o anjo celestial faz a interpretação par o Apóstolo dizendo: “...As sete cabeças são sete monte, sobre os quais a mulher está assentada.... e os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o reino...”. Isso significa, segundo se depreende da visão de Daniel (7.240 que durante o período da Grande Tribulação, “se levantarão dez reis” dentro dos limites do antigo império romano. São eles as ‘dez pontas” que João contempla na cabeça da Besta que subiu do mar (Ap 13.1). Eles serão dez agente de Satanás, que ajudarão ao Anticristo, em sua política sombria pela conquista do mundo (17.13). Alguns deles (3) receberão poder apenas por “uma hora”; depois cairão e só sete permanecerão (Dn 7.8; Ap 17.12).

8. “A besta que viste foi e já não é, e há de subir do abismo, e irá à perdição; e os que habitam na terra (cujos nomes não estão escritos no livro da vida, desde a fundação do mundo) se admirarão vendo a besta que era e já não é, mas que virá”.

“...foi e já não é”. Há uma corrente de comentaristas, tanto do passado como do presente, que baseados em Ap 11.7 e 13.3 e o versículo que temos secção, defendem a posição da reencarnação de Nero. Para eles a expressão: “Foi e já não é”, que se complementa na parte final com a frase: “mas que virá”; aludi à tradição de Nero redivivo. Nero “foi”, mas morreu. Todavia, voltaria. Esta interpretação para nós não se harmoniza com a tese e argumento principal da Bíblia. Ela condena a reencarnação. Devemos ter em mente que João olhava para o futuro dos séculos (os dias do Anticristo) e depois lança retrospectivamente um olhar para par traz e, contempla o império romano de 455 d.C. a 754 a.C. Assim temos o antigo império romano como existiu na forma imperial até os dias de João, e até sua destruição por Odoacro rei dos Hérulos.

I Mas que virá. Isso fala do novo ressurgimento do império romano na pessoa do Anticristo (13.3). Ele ressurgirá do “abismo” (literalmente falando: do caos político); e (espiritualmente falando: da inspiração de Satanás, o dragão); mas “irá a perdição”. Seu destino final será a perdição: o lago de fogo (20.10). Essa “perdição” será física e terrena e também eterna. Judas Iscariotes foi chamado também um “filho da perdição”. Tal expressão é empregada em outras passagens do Novo Testamento, somente para indicar Judas e o Anticristo (Jo 17.12 e 2Ts 2.3). Ambos após serem derrotados (um já sendo passado) irão a seu próprio ‘lugar” (At 1.25; Ap 17.19; 20; 20.10).

9. “Aqui há sentido, que tem sabedoria. As sete cabeças são sete
montes sobre os quais a mulher está assentada”. 

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A nação comandada por uma "Mulher",
assentada sobre 7 colinas.


 “...As sete cabeças são sete montes”. Todos sabem a quem esta passagem se refere: geograficamente. É a Roma. Simbolicamente, porém, ela diz respeito a os “sete sistemas de governo” que existiu neste império (v.10). A cidade de Roma é das mais antigas da península Itálica, está edificada “sobre sete colinas”, que o Apóstolo João chama de “sete montes”. Nos dias do império estas montanhas eram denominadas de; (Aventino, Palatino, Célio, Esquilino, Vidimal, Quirinal e Capitólio). A cidade ficava à margem esquerda do rio Tibre, a 24 quilômetros da sua desembocadura no mar Tirreno, na costa ocidental da península. O seu fundador foi um habitante do Lácio (donde vem a palavra latino) chamado Rômulo que junto com Remo seu irmão fundou a cidade e o império em 754 a. C. ou segundo os cálculos astronômicos em 750 a. C. Mas tarde, Rômulo se desentendeu com Remo, e o matou em combate. No capítulo dois do profeta Daniel, esse poderoso império é contemplado nas “pernas de ferro” da estátua colossal do sonho do monarca Nabucodonosor.

10. “E são também sete reis: cinco já caíram, e um existe; outro ainda
não é vindo; e, quando vier, convém que dure um pouco de tempo”.

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 “..sete reis: cinco já caíram”. Isso aponta para cinco “sistemas” de
governo que governaram esse império. O ponto de partida deve ter como base a
fundação da realeza, que se deu em 754 (ou 750 a. C.).

I  Como todos sabem através da história o império romano em seu apogeu e glória, teve “cinco dinastias” formidáveis que sucessivamente governaram este império: de 754 a. C. a 455d. C:

(a) REIS: Compreende a dinastia dos sete primeiros reis: Rômulo, Numa Pompílio, Túlio Hostílio, Anco Márcio, Tarquino prísco, Sérgio Túlio e Tarquino, o Soberbo (de 754 a 510 a. C.).
(b) O SENADO: A realeza foi abolida e o governo foi conferido a dois cônsules,
continuando o governo sob a regência do Senado (de 510 a 300 a.C.).
(c) A REPÚBLICA: Depois de 300 a. C. , o Senado foi abolido, e é estabelecida a
republica romana (de 300 a 48 a.C.).
(d) O TRIUNVIRATO: Composto dos seguintes imperadores; Júlio César, Pompeu
e Crasso (de 58 a 44 a.C.).
(e) TRIBUNAIS MILITARES: Composto por lépido, Antônio e Otávio (de 44 a 31
a.C.) Estas cinco dinastias já “caíram” afirma a palavra divina.

II Existem outras passíveis interpretações como sejam; (a) De sete imperadores romano, cinco já “caíram” (podemos significar morte violenta) antes dos dias de João. Os cinco geralmente são relacionados como Júlio Cérsar, Tibério, Calígula, Cláudio e Nero. O sexto, segundo essa interpretação que reinava enquanto João escrevia o Apocalipse, era Domiciano; (b) Os cinco reinos que já “caíram” seriam: O Egito, A Assíria, A Babilônia, O Medo-Pérsa e a Grécia. E o sexto, seria o império romano.

III Um existe. Refere-se ao sexto sistema de governo imperial, com sete dinastias, começando com Otávio (31 a.C.) até Rômulo Augusto, que reinou de 435 a 455 d.C. data em que Odoacro, reis dos hérulos, apoderou-se de Roma, terminando assim o império.

IV  Outro ainda não é vindo. O contexto demonstrativo diz: “...e quando vier, convém que dure um pouco de tempo”. Isso aponta diretamente para a figura do Anticristo; ele será o “oitavo”, e é dos sete, isto é, ele dará forma a sétima dinastia começada por Honório, em 395 a 455 d. C. Assim o reino será o “sétimo”, mas o Anticristo será o “oitavo”. Embora a Besta seja distinta em caráter e obra, entretanto, continuará forma de reino da sétima cabeça (13.3).

11. “E a besta que era e já não é, é ela também o oitavo, e é dos sete,
e vai à perdição”.

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“...é ela também o oitavo”. O Anticristo e seu reino terão a mesma sorte de Babel, a torre da confusão. Foi ali na planície de Sinear que Ninrode erigiu a torre. O nome “Babel”. “Bab-el” (porta do céu ou de Deus), era o local de encontro para os pecadores sem lei. O Antigo Testamento mostra a queda tanto de Ninrode como da torre de Babel; como também de Babilônia, um estado de âmbito mundial. A Besta também cairá e também seu governo de trevas. Ela será o “oitavo”, isto é, ela será a sucessora do antigo império caído, que será restaurado (curada); mas este império falido ressurgirá do abismo, e terá como seu governante a Besta que subiu do mar. Assim o reino será o sétimo, mas seu rei será o oitavo: o Anticristo.

12. “E os dez chifres que viste são dez reis, que ainda não receberam o
reino, mas receberão o poder como reis pr uma hora, juntamente com a
besta”.

 

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 “...poder como reis por uma hora”. Profeticamente falando, isso podia significar “um mês” composto de trinta dias (cf. Nm 14.34; Ez 4.6). Historicamente, porém, isso quer dizer “pouco tempo”. De acordo com historiadores antigos, os “sátrapas”, só recebiam o poder por “uma hora”; depois, o transferiam para o imperador como sinal de obediência e respeito. Profeticamente falando, a federação do Anticristo não poderá durar por muito tempo, porquanto a segunda vinda de Cristo logo porá fim a tudo. Os dez reis (dez chifres) farão uma “aliança” com a Besta, mas em seguida, a Besta afastará três destes monarcas (Dn 7.24). Na passagem de Daniel (7.7), o animal espantoso tinha “10 pontas” como tinha “10 dedos” os pés da estátua do capítulo 2. Isso, diz o profeta “significa dez reis que se levantarão” no tempo do fim (Dn 7.24). Eles não existiram nos dias do império romano; observe bem a frase: “se levantarão”. O fato de os mesmos estarem em alinhamento como em alinhamento estavam os dez dedos da estátua, quer dizer; que esses reis escatológicos governarão ao mesmo tempo (Ap 17.12-13).

13. “Estes têm um mesmo intento, e entregarão o seu poder e
autoridade à besta”.

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 “...têm um mesmo intento”. O Anticristo e seus agentes, “sentarão” a uma mesma mesa como faziam-no Antioco e Ptolomeu Filometor (Dn 11.27). Seja como for, a “meretriz”, a “mulher”, a saber, Babilônia (Roma), será alvo de ataque. Os dez reis confederados (depois três cairão) estarão em total acordo com o Anticristo, dando-lhe apoio em todas as suas aventuras. Eles seguirão o mesmo intento desta figura sombria, tanto na “destruição” das nações, como na “destruição” da grande Babilônia a “prostituta que se assenta sobre muitas águas”. A atitude deste versículo faz-nos lembrar de Ez 16.37 que diz: “Eis que ajuntarei todos os teus amantes, com os quais te misturaste, como também todos os que amaste, com todos os que aborrecestes, e ajuntá-los-ei contra ti em redor, e descobrirei a tua nudez diante deles...”. No relato de Ezequiel a sentença cai sobre Jerusalém; aqui, porém, sobre Babilônia. Todos eles, agiram impelidos pro Deus, embora disso não tenham consciência.


14. “Estes combaterão contra o Cordeiro, e o Cordeiro os vencerá,
porque é o Senhor dos senhores e o Rei dos reis; vencerão os que estão
com ele, chamados, eleitos e fiéis”.

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 “...o Cordeiro os vencerá”. Naturalmente temos, neste ponto, uma alusão à batalha do Armagedom (amplamente comentada em 14.19-20; 16.16), que é a manifestação da “parousia” de Cristo. “O Senhor Jesus na qualidade de Cordeiro vencerá todo e qualquer pecado (Jo 1.29); na qualidade de Senhor é o soberano de todos, o magneto central do universo, em redor de quem tudo, eventualmente, se centralizará. Ele é o Senhor Moral e espiritual, o qual requer toda a lealdade humana. A narrativa da batalha entre o mal e o bem se refere aos céus, e, outras vezes, a terra. Porém, em cada caso, sempre são vencidas as arrogantes forças da iniqüidade. E agora, neste mundo, as forças do Cordeiro são vistas a vencer as forças da Besta”.

I Eleitos e fiéis. O termo aparece em outras partes do Novo Testamento, mas neste livro do Apocalipse é a ocorrência desta expressão; são os “escolhidos para a eleição”. Foram destacados dentre os homens, feitos fiéis pela eleição de Deus (Ef 1.4); quanto à “eleição” eles são também os “fiéis”, os que dão toda a lealdade a Cristo. Profeticamente falando, serão os que se recusarem a participar da adoração à Besta.

15. “E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são
povos, e multidões, e nações, e línguas”.



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“...As águas que viste”. Diz o anjo intérprete: “..significa “povos, e multidões, e nações, e línguas”. Nisso pode existir uma paródia blasfêmia contra Deus, conforme depreendemos do salmo 29, 3 e 10: “A voz do Senhor ouve-se sobre as águas; o Deus da glória troveja; o Senhor está sobre as muitas águas”(...) “O Senhor se assentou sobre o dilúvio...”. O simbolismo do presente texto, é bastante usado no antigo Testamento e em passagens de o Novo” (Sl 18.4, 16; 124.14; Is 8.7; Lc 21.25; Ap 17.15). Durante o reinado cruel da Besta estas águas representam o estado de depressão os habitantes da terra (Lc 21.25; Tg 1.6). Portanto, é evidente que, num consenso geral, a extensão da autoridade da Besta, geograficamente, é grande, ela alcançará o mundo (Ap 13.16). O leitor deve observar que em vários lugares do Apocalipse há tais “enumerações”, incluindo totalidade ou universalidade. O governo romano era universal. O governo do Anticristo também será universal (cf. 13.4).

16. “E os dez chifres que viste na besta são os que aborrecerão a
prostituta, e a porão desolada e nua, e comerão a sua carne, e a
queimarão no fogo”.

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 “...e a porão desolada e nua”. A linguagem de João diz o Dr. G. Eldon Ladd indica que a antes orgulhosa cidade fica totalmente destruída, em ruínas. Eles a deixarão “desolada e nua”, isto é, a despirão dos seus adornos bonitos. “E comerão a sua carne”; figura tirada da ferocidade de animais selvagens, simbolizando na linguagem do Antigo Testamento e destruição dos homens entre si (Sl 27.2; Jr 10.25; Mq 3.3; Sf 3.3). O intento do Anticristo e seus aliados no que diz respeito à “meretriz” é unicamente “despoja-la” de riquezas, e, conseqüentemente, deixa-la “desolada e nua”. O Anticristo auxiliado pelos dez reis reduzirá a imponente cidade e o sistema a nada. Isso é o que ela representa diante dos olhos de Deus: “NADA” (Is 40.17).

I  Devemos ter em mente que não só a sua glória será aniquilada, mas sua carne será devorada. Essa é uma alusão aos “corvos”. Os exércitos invasores eram acompanhados por corvos que participavam da carnificina. Metaforicamente, João indica que a destruição da prostituta será total. Será reduzida a nada. A expressão “comerão sua carne” também implica a extensão da ira e brutalidade do Anticristo e seus aliados. Hão de derrotar a prostituta, sem limitações e sem mitigarem a sua ira.

17. “Porque Deus tem posto em seus corações que cumpram o seu
intento, e tenham uma mesma idéia, e que dêem à besta o seu reino, até
que se cumpram as palavras de Deus”.

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 “...Deus tem posto em seus corações”. A presente passagem nos leva a pensar em 2Ts 2.11, onde Paulo, o Apóstolo, escreve dizendo: “E por isso (por seus pecados) Deus lhes enviará a operação do erro, para que creiam a mentira”. O erro da grande meretriz será retribuído por um erro maior – sua destruição partirá de dentro de sues próprio súditos. Ela sorverá o seu próprio veneno. Por permissão do próprio Deus, os dez reis, de acordo e conjuntamente, darão à Besta o reino que possuem. Então o Anticristo será o governador mundial, adorado (bem como sua imagem) como se fora Deus (2Ts 2.4) É a forma final e mais grave da “religião”, até que se cumpra a palavra de Deus. Aqui se inicia, realmente, a grande Babilônia- política, quando a Besta for o único deus, até que termine a era dos gentios, o que se dará com a vinda gloriosa de Cristo com poder e grande glória. A Babilônia do passado, trouxe grande aflição sobre o povo de Deus, Israel. No devido tempo, sobre ela caiu a ira de Deus. Assim será com a Babilônia política e a Babilônia- cidade do Anticristo.

18. “E a mulher que viste é a grande cidade que reina sobre os reis da
terra”.

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 “...a grande cidade”. Jerusalém é também chamada, no campo profético,
de “grande cidade” (11.8). Mas a do presente texto, que também se denomina de
“grande cidade”, é Roma. Ela é grande tanto em poder secular como em maldade!
O prof. W. G. Moorehad, diz dela o que segue: “a grande cidade cavalga ou procura cavalgar o poder universal para sujeitar a si toda a autoridade e governo. A mulher do deserto (v.3) é intolerável perseguidora”. O texto em foco diz: “A mulher que viste é a grande cidades”. Uma cidade nunca só. Alguém o faz por ela. Depois de ter destruído a Babilônia religiosa (a mulher), o Anticristo, completamente possuído pelo dragão, voltar-se-á para grande Babilônia comercial descrita no capítulo 18 deste livro. devemos observar que sempre esta cidade e seu sistema são chamados de “grande”. Ela é assim chamada devido à sua autoridade sobre a terra inteira, devido aos seus poderosos exércitos. Grande por ser riquíssima. Grande nas suas abominações e maldades. Desta maneira, ela, através dos séculos, é vista dominando os “reis da terra”, e reinando sobre eles. 



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E similares.


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Que Deus,o Senhor Abençõe a Todos!!!
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E,guarda o que tens, para que ninguém...
roube Tua Coroa.
 .
Apocalipse 3 : 11.



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