terça-feira, 18 de outubro de 2011

A Profecia ou Revelação.


Apocalipse Capítulo XV

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Capítulo XV

1 Vi no céu ainda outro sinal, grande e admirável: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus.
2 E vi como que um mar de vidro misturado com fogo; e os que tinham vencido a besta e a sua imagem e o número do seu nome estavam em pé junto ao mar de vidro, e tinham harpas de Deus.
3 E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e admiráveis são as tuas obras, ó Senhor Deus Todo-Poderoso; justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó rei dos séculos.
4 Quem não te temerá, Senhor, e não glorificará o teu nome? Pois só tu és santo; por isso todas as nações virão e se prostrarão diante de ti, porque os teus juízos são manifestos.
5 Depois disto olhei, e abriu-se o santuário do tabernáculo do testemunho no céu;
6 e saíram do santuário os sete anjos que tinham as sete pragas, vestidos de linho puro e resplandecente, e cingidos, à altura do peito com cintos de ouro.
7 Um dos quatro seres viventes deu aos sete anjos sete taças de ouro, cheias da ira do Deus que vive pelos séculos dos séculos.
8 E o santuário se encheu de fumaça pela glória de Deus e pelo seu poder; e ninguém podia entrar no santuário, enquanto não se consumassem as sete pragas dos sete anjos.


1. “E vi outro grande e admirável sinal no céu: sete anjos, que tinham
as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a ira de Deus”.

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 “...nelas é consumada a ira de Deus”. O presente capítulo mostra-nos outra série de calamidades a sobrevir a terra. essas calamidades são similares em caráter e propósito às pragas das sete trombetas (8.7 a 11.19), e, sobretudo, a estas últimas: há um período de antecipação, porém, em cada uma dessas séries, a ordem cronológica é estabelecida. Na primeira, tivemos a aclamação do Cordeiro como digno de romper os selos do livro selado (5.1-14). Na segunda, quando da abertura do selo (8.1-6), houve preparação para o toque das sete trombetas (8.6). E mesmo as taças sendo a consumação dos juízos executados pelas trombetas,
contudo, há, aqui também um pequeno intervalo.

I  O leitor deve observar a frase “...grande e admirável” nesta secção. Separadas, as palavras “grande e admirável” aparecem muitas vezes. Mas, em todo o Novo Testamento, uma ao lado da outra, só neste capítulo, nos versículos primeiro e terceiro. O comentarista H. R. Charles declara: “Este capítulo consiste de duas visões. A primeira (vs. 2-4) trata do cântico triunfal, entoado pelos mártires, estando ao redor do mar de vidro, nos céus. A segunda visão se relaciona aos sete anjos que desceram do templo celestial (vs. 5-8), aos quais foram dadas as sete taças, repletas da ira de Deus”.

2. “E vi um como mar de vidro misturado com fogo; e também os que saíram vitoriosos da besta, e da sua imagem, e do seu sinal, e do número do seu nome, que estavam junto ao mar de vidro, e tinham as harpas de Deus”.

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“...mar de vidro misturado com fogo”. No capítulo 4.6 deste livro encontramos este mar de vidro visto por João. Neste ponto, porém, João adiciona uma característica ao que já dissera antes, a saber: que seu colorido era como “fogo”. Nas passagens de Apocalipse 4.6 ele é descrito como “mar completamente transparente”, que se mantém calmo, pois um “mar de vidro” indica uma massa compacta. Além disso, mostra-se que ele é atravessado pela luz, como o cristal. Isso lembra o grande acontecimento nas margens do Mar Vermelho, quando Israel, salvo por Deus da fúria de Faraó, cantou ao Senhor do outro lado em voz de trunfo (Êx 15.1 e ss). Parece que João queria dizer em seu informativo apocalíptico que esse “mar” do presente texto se tornara uma espécie de “mar vermelho celestial”, onde os vencedores da Besta e seus sequazes, se encontram do outro lado da vida, e em pé, à margem do mar de vidro, antes de prosseguir em direção ao trono, entoam “o cântico de Moisés... e o cântico do Cordeiro”.

I  “O mar de vidro espelha a divina beleza e glória de Deus. Está repleto de luz, clara e brilhante como cristal, e transparente como os pensamentos e planos de Deus, os quais são de sabedoria, clareza e veracidade indescritíveis...”. Os capítulos sétimo e décimo quarto deste livro já haviam descrito este grupo de peregrinos como “vencedores”, e o autor sagrado somente faz, aqui alusão ao fato; a não ser que agora eles cantam o novo cântico, o hino da vitória de Moisés, por terem atravessado o mar Vermelho e terem triunfado.

3. “E cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro, dizendo: Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus Todo-poderoso! Justo e verdadeiro são os teus caminhos, ó Rei dos santos”.

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“...o cântico de Moisés... e o cântico do Cordeiro”. Já que este cântico é de Moisés e do Cordeiro, pode estar subentendida a unidade essencial da Antiga e da Nova dispensação ou testemunhos, bem como a unidade de todos os remidos em Cristo. (Ele veio “...reunir em um corpo os filhos de Deus”. Jo 11.52). Sua redenção é boa para o primeiro e para o segundo Pacto, não conhecendo limites de tempo, de espaço e de raça. Assim, os “vencedores” de todos os tempos, podem “cantar” na “terra” (cântico de Moisés), e no “céu” (cântico do Cordeiro). O cântico de Moisés é o “Cântico da Libertação”; e o do Cordeiro sem dúvida, é o ‘Cântico da Redenção”. O Antigo Testamento registra dois cânticos de Moisés (Êx 15.1 e ss; Dt capítulo 32), porém, apenas com essas palavras citadas nos versículos 3 e 4 desta secção, está em foco o “Cântico Triunfal” nas margens do mar Vermelho.

4. “Quem te não temerá, ó Senhor, e não magnificará o teu nome?
Porque só tu és santo; por isso todas as nações virão, e se prostrarão
diante de ti, porque os teus juízos são manifestos”.

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“...todas as nações virão, e se prostrarão”. Essas palavras frisam a conversão das nações durante o Milênio (cf. 21.24 e ss; 22.2). Na passagem de 14.7 as nações são exortadas a se arrependerem e adorarem a Deus. Naturalmente, isso envolverá somente as nações que sobreviverem aos juízos divinos; mas certamente, também está em foco o estado eterno; subentendendo que todas as nações encontrarão em Cristo a razão de sua existência, pois ele é o “Mediador entre Deus Pai e todas as criaturas” (Ef 1.23; 1Tm 2.5). nele, tudo encontra seu propósitos, pois ele é “tudo para todos”. Deus é o Senhor de todos; tanto da presente era como na eternidade. Ele é e será proprietário e Senhor. O mundo inteiro, finalmente, haverá de perceber isso, mediante o processo histórico completado por meios de várias intervenções divinas.

5. “E depois disto olhei, e eis que o templo do tabernáculo do
testemunho se abriu no céu”.

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 “...o templo do tabernáculo’. No Novo Testamento dois vocábulos gregos:
“hieron” e “naos”, são traduzidos geralmente por “templo”. Mas, em uso literal ou figurado, no pensamento cristãos, deve-se conferir o emprego dos termos “casa” (oikos) e “lugar”. O uso metafórico de “templo” deve ser também comparado a “edifício” (oikodom~e).

I  A expressão “tenda” (sk~em~e) ou o tabernáculo do testemunho se acha somente em trecho do Novo Testamento, em At 7.44. Mas ali não há qualquer alusão ao templo, e, sim, ao tabernáculo original, armado no deserto. Em algum sentido todos os templos (isto é, o de Salomão; de Esdras; de Herodes; esses que os judeus erigirão, no local da Cúpula da Rocha (Dn 9.27; Mt 24.15; 2Ts 2.4), e o templo escatológico de Ezequiel, capítulo 40 a 48), todos serão tratados como uma só “casa”: a casa de Deus. No presente texto, o “templo” que João viu se “abrir” não foi na terra, mas no “céu”. O Apóstolo foi capaz de olhar para o “interior” do lugar do testemunho de Deus. Os judeus criam que as coisas terrenas eram figuras das celestiais (Hb 8.5 e 9.23), de maneira que o templo terrestre era apenas uma “cópia” do celestial (Ap 3.12; 7.15; 11.19; 14.15, 17; 15.5, 6, 8; 16.1).

6. “E os sete anjos que tinham as sete pregas saíram do templo,
vestidos de linho puro e resplandecente, e cingidos com cintos de ouro
pelos peitos”.

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“...vestidos de linho”. Observemos que os trajes dos anjos, no presente
texto, são semelhantes ao traje de Cristo, visto glorificado no capítulo 1.13 deste
livro. Isso significa “dignidade” e “elevado ofício”. Estas vestes e cintos só eram usados pelos sacerdotes e juízes da Alta Corte. No caso de Cristo, isso representa sua dignidade como “sacerdote e juiz”. No caso dos anjos nesta secção, refere-se à função de “juízes” por eles desempenhado. Os sete magistrados da Suprema Corte estavam também cingidos com cintos de ouro; a mesma coisa é dita acerca de Cristo, em Is 11.5 e Ap 1.13 respectivamente; “A justiça será o cinto dos seus lombos, e a verdade o cinto dos seus rins”. Esses anjos estavam encarregados de uma missão; uma comissão proveniente dos mais elevados céus. Seus trajes, devidamente equipados, fala de poder, dignidade, retidão e verdade (Is 22.21; Jr 12.18; Ef 6.14). A passagem de Daniel 10.5, 6; 12.7, mostra um anjo celestial vestido da mesma forma.

7. “E um dos quatro animais deu aos sete anjos salvas de ouro, cheias
da ira de Deus, que vive para todo o sempre”. 

 
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“...sete salvas de ouro”. O termo grego usado nesta passagem diz “phiale”. Indica um vaso largo e raso, usado para propósitos de libação ou para servir bebidas; mas estas dos elevados poderes angelicais, são de fabricação divina. Elas não estão vazias e, sim, “cheias da ira de Deus”; essa expressão “ira de Deus” é retratada por seis vezes no Apocalipse (14.10, 19; 15.1, 7; 16.1, 19). Como em português, o grego usa duas palavras diferentes para traduzir o sentido de indignação: “thymos”, a primeira, significando cólera ou furor, a mais forte; a segunda: “orguê”, significa “raiva”, “ira”. (Ver notas expositivas sobre isso em Ap 6.17). “A ira de Deus” é um termo técnico que indica “juízo”, não sendo descrição de qualquer emoção violenta da parte do Senhor.

8. “E o templo encheu-se com o fumo da glória de Deus e do seu
poder; e ninguém podia entrar no templo, até que se consumassem as
sete pragas dos sete anjos”.

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 “...o templo encheu-se”. As visões contempladas por João, neste versículo, marcam acontecimentos semelhantes aos que temos em Êx 40.34 e ss. A “tenda” ficou tomada pela glória de Deus, do poder de sua presença, de sua presença temível de tal modo que nem o próprio Moisés pode ali entrar (Êx 40.35). Algo semelhante pode ser visto em 1Rs 8.16 e Ez 10.2-4. Nessa visão, a glória de Deus encheu o templo, como se fosse uma fumaça expelida de uma grande fornalha (Is 6.1-6). Devemos ter em mente que cerca de 1.550 anos antes, houve uma manifestação de Deus no Monte Sinai. “O Monte Sinai ficou inteiramente toldado pela fumaça, porquanto o Senhor desceu ali em foco; e a fumaça subiu como se fora de uma fornalha, e o Monte inteiro estremeceu grandemente”. Seja como for, o templo celeste aqui foi envolvido em chamas! Deus é inabordável, exceto por meio de Cristo, que é o Verbo. Sob certas circunstâncias, como estas do presente versículo todo acesso a Deus é interrompido! Nem mesmo os seres celestes ali puderam entrar, pois se assim o fizessem a ira divina os consumiria! (cf. Hb 12.18-21).  



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